FREGUESIA DA CAPARICA
O nome da freguesia estará ligado ou terá origem nas flores de alcaparra ou na lenda da Capa Rica.
Segundo Raul Pereira de Sousa, o topónimo Caparica provém do latim «cappar, cappari» ou «capparis», expressão originária do grego «kapparis», que significa alcaparra. Este arbusto hortense existiria na região, pelo que «caparica» seria um alcaparral.
A lenda conta que uma pobre velha, que andava sempre envolta numa capa andrajosa e remendada, deixou em testamento que a sua capa deveria ser entregue ao rei, para construir uma igreja. Estranhando o peso excessivo da capa, o monarca mandou rasgá-la e dela caíram dobrões de ouro. Foi construída a igreja, que ficou conhecida como igreja da Capa Rica.
Actividades económicas
Agricultura, Construção civil, indústrias petrolíferas e serviços.
Agricultura, Construção civil, indústrias petrolíferas e serviços.
Festas e romarias
Festa das Colectividades da Freguesia e Festas Populares do Monte de Caparica, em Julho e Agosto.
Festa das Colectividades da Freguesia e Festas Populares do Monte de Caparica, em Julho e Agosto.
Património cultural e edificado
Convento dos Capuchos, Igreja de Nossa Senhora do Monte de Caparica, Capela de Nossa Senhora do Bom Sucesso, asilo 28 de Maio, fortaleza de Porto Brandão e casa do Bulhão Pato.
Convento dos Capuchos, Igreja de Nossa Senhora do Monte de Caparica, Capela de Nossa Senhora do Bom Sucesso, asilo 28 de Maio, fortaleza de Porto Brandão e casa do Bulhão Pato.
Gastronomia
Ligada ao mar, ao rio e à caça, tendo como expoente máximo Bulhão Pato.
Ligada ao mar, ao rio e à caça, tendo como expoente máximo Bulhão Pato.
A HISTÓRIA DA NOSSA FREGUESIA
A Freguesia de Caparica tem a sua origem numa bula de 1472, do Papa Xisto IV, sendo assim a 2ª freguesia mais antiga do Concelho de Almada. No entanto, a história da Caparica remonta a um passado mais longínquo. A Caparica teria, provavelmente, para os Romanos um valor semelhante a Alcochete, Montijo ou Sesimbra, porque estas terras eram atravessadas por uma via que, vinda de Mérida passava por Murfacem e terminava em Porto Brandão, onde por barco se fazia a ligação a Lisboa. Estas terras têm sido ao longo dos tempos berço ou local de adopção de figuras ilustres tais como o Conde de Arcos, Bulhão Pato ou os Távoras da Caparica entre outros, que se tornaram pela sua acção personagens de grande importância local e nacional, ao longo dos séculos.
Caparica foi, até há relativamente pouco tempo, constituída essencialmente por terras de semeadura e habitada por uma população ligada ao campo e à lavoura. A evolução da freguesia tem acompanhado a do restante concelho, assistindo-se a partir da segunda metade do Século XIX a uma diminuição das áreas agrícolas e florestais nos últimos anos no nosso século. A freguesia de Caparica, que, em 1950, possuía uma população maioritariamente constituída por operários, inicia pela década de 60 uma mudança do tipo da população residente. Por esta altura, na Caparica, começam a fixar-se profissionais de serviços que, por motivos vários, não conseguem habitação em Almada.
A freguesia tem vindo a assistir nos últimos anos a um fenómeno de urbanização acelerada, através da ocupação de grandes áreas pela construção civil e grandes concentrações de populações, entre as quais se salientam a zona da Vila Nova de Caparica e os bairros sociais e os bairros das cooperativas de habitação. No entanto, em localidades que têm sido pouco afectadas pelo cimento, as relações de vizinhança e conhecimento pessoal mantêm-se quase inalteradas. Mas, na sua globalidade, a freguesia tem vindo a perder as suas características, ganhando algumas especificidades urbanas ao nível dos consumos, linguagem e comportamentos, nela convivendo diariamente uma população heterogénea, tanto nas suas origens nacionais e étnicas, como ao nível económico e sociocultural.